domingo, 29 de abril de 2012

capoeira


A prática da capoeira exige do praticante uma considerável flexibilidade, por exigir grades amplitudes de todas as articulações. Incluir no treinamento de capoeira treinos de flexibilidade pode contribuir consideravelmente para a melhora do desempenho do aluno. Por isso conhecer os métodos de treinamento de flexibilidade faz-se tão importante para a prática da nobre arte brasileira.

GONÇALVES (1970), de forma arcaica, descreve flexibilidade como qualidade física que o desportista tem para dobrar-se sobre as próprias articulações. Para BLANKE (1997) e WERLANG (1997) flexibilidade é a capacidade que cada articulação tem de mover-se em amplitudes de movimentos específicos. HOLMANN & HETTINGER (1989) definem flexibilidade como movimento máximo de extensão voluntária em uma ou mais articulações. 

A flexibilidade classifica-se em ativa, passiva e anatômica. 

Flexibilidade ativa - (FAt): possibilidades de movimento de uma determinada articulação a qual se encontra limitada pelos músculos antagônicos que limitam o movimento.

Flexibilidade passiva - (FP): Consiste na não participação do indivíduo, para em relaxamento evitar a participação dos músculos antagônicos.

Flexibilidade anatônica - (FAn): refere-se a flexibilidade real da articulação, livre de ligamentos, cápsulas ou músculos que limitem os movimentos, este só é possível a cadáveres.

Do ponto de vista quantitativo temos FAt < FP < FAn. 

O bom nível de flexibilidade varia com as necessidades de cada indivíduo, permitindo a sujeito realizar suas atividades realizar suas atividades diárias sem dores ou lesões.

ANDERSON (1993) afirma que dentre os benefícios que se pode atingir com os exercícios de alongamento  destacam-se:

- Redução das tensões musculares;
- Benefícios para a coordenação;
- Maior grau de mobilidade;
- Desenvolvimento da consciência corporal;
- Melhora da capacidade mecânica dos músculos e articulações.


 Conhecer as técnicas de alongamento para melhorar a flexibilidade dos alunos nas aulas de capoeira, é de vital importância, a medida em que a prática da capoeira exige grande amplitudes angulares. KENDALL & McCREARY (1987), relatam que os ganhos de mobilidade articular e alongamento são proporcionais ao tempo que o segmento levou para ficar retesado, logo os exercícios de alongamento devem ser gradativos afim de, evitar comprometer alguma estrutura tecidual.

Dentre as técnicas de alongamento propostas por ANDERSON (1993) & BLANKE (1997) destacam-se:

ALONGAMENTO PASSIVO ou ESTÁTICO: mostra-se a técnica mais segura pois apresenta menos risco de lesão tecidual. Consiste em permanecer em determinada postura e receber uma força externa para que os movimentos sejam efetuados, isso graças a capacidade de descontração ou estiramento dos antagonistas. A descontração acorre sem contrair ou "fazer força" conservando a posição final de 5'' a 60''.

ALONGAMENTO ESTÁTICO COM CONTRAÇÃO DOS ANTAGONISTAS: movimenta-se o seguimento a ser alongado até o desconforto moderado, realizando uma contração dos músculos antagonistas. Mantem-se a posição final de 5'' a 60'.

ALONGAMENTO SUAVE: consiste em estender a musculatura até o limite de uma pequena tensão, mantendo a posição final por no máximo 30''.

Empregar as técnicas de alongamento em aulas de capoeira contribui diretamente para a melhora da performance do alunos além de evitar lesões teciduais por falta de flexibilidade ou ainda por exercícios de alongamento realizados de forma incorreta ou displicente.


quarta-feira, 25 de abril de 2012